Nichijou
Bem resolvi voltar com o anime da semana, falando sobre Nichijou, um anime que acaba de sair do forno nipônico dos animes.
Peguei essa resenha super eplicativa do Subete Animes, por ser bastante explicativa como já disse e por estar sem tempo, espero que curtam, porque eu curti esse anime!
O Kyoto Animation há algum tempo é um estúdio que cada nova obra é cercada de expectativa, dado o fato destas sempre serem fenômenos de venda [além de, junto principalmente com o SHAFT, ser um dos poucos estúdios com um padrão que suscita reações apaixonadas de amor e ódio]. A última inédita, K-ON!, estreou há dois anos para ser uma das séries mais vendidas de todos os tempos [e sua segunda temporada foi o anime mais importante lançado no Japão ano passado] e é basicamente um refinamento da forma de slice-of-life, contando um cotidiano totalmente artificial com personagens idealizadas ao máximo, porém com cenário desenhado da forma mais realista possível para contrabalançar a suspensão de descrença da série.

Nichijou [cotidiano] é outro refinamento da fórmula do slice-of-life que tem como base Lucky Star [o primeiro grande representante do gênero animado pelo estúdio], porém segue caminho oposto: o character design segue a base de Lucky Star, com os personagens tendendo para o Super Deformed e cenários mais simples [e em muitas vezes sua ausência, quando a presença seria um elemento distrativo] – há também o maior uso de piadas visuais que no anime de 2007, mesmo ambos terem nível absurdo de diálogos.

Outra característica dos predecessores é o fato de realmente tentar ser uma comédia, com bastante uso de situações absurdas e extremas das quais extrai-se a comicidade da série [o episódio 0 em si é infelizmente somente merecedor de sorrisos e algumas risadas esparsas] – diferente do “feel good factor” [sentir-se bem] usado extensivamente em K-ON!.

O cotidiano calcado em situações absurdas vividas por personagens que estudam em uma sala qualquer de uma escola qualquer do Ensino Médio japonês impõe a estrutura deste episódio zero que simplesmente aborda três situações vividas por alguns personagens – ocorre exposição de características básicas dos personagens [aparentemente bastante unidimensionais, afinal a cada piada pode trocar-se o personagem]através dos diálogos e as geralmente medianas piadas vão acontecendo nesses verdadeiros sketchs onde ao menos diversos tipos de humor são testados [ficando em um sketch: do nariz escorrendo de uma personagem chamada Hakase [Doutor em japonês]; a inocência pueril dela em cair em um truque velho para tomar remédio; a roupa de médico que ela veste, afinal tem o nome pra que, né?; o fato de ela conviver com uma mulher com um ‘’ nas costas e um gato falante].

A trilha sonora é simpática e bastante adequada a situação [bem, este é um ponto onde o estúdio sempre oferece qualidade], já a animação, também simpática, passa uma sensação de preguiça. Sim, é adequada ao clima da série, mas o estúdio – desde Suzumiya Haruhi no Yuuutsu até K-ON!! – sempre provou que o que poderia ser genérico pode – e deve – ser uma animação de fazer brilhar os olhos.
No geral, uma série de slice-of-life simpática, corretamente dirigida e que deve subir pelas escadas da popularidade graças ao hype que o estúdio proporciona. Até promissora, mas serão os episódios seguintes que determinarão se será um marco no gênero como outros animes do estúdio ou não. Particularmente, o que na intenção dos realizadores é trivial soa preguiçoso.
FICHA TÉCNICA
Criador: Keiichi Arawi
Character Design: Futoshi Nishiya [Suzumiya Haruhi-chan no Yuuutsu, Suzumiya Haruhi no Yuuutsu 2009 - como diretor de animação]
Roteiro: Jukki Hanada [Aki Sora, Kuragehime, Level E, Rozen Maiden]
Direção: Tatsuya Ishihara [AIR, CLANNAD, Suzumiya Haruhi no Yuuutsu/Shoushitsu]
Estúdio de Animação: Kyoto Animation
Ano: 2011
Categorias: Slice-of-Life, Escolar, Moe
Formato: OVA [480p]
Nota: 6 [Regular]

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